domingo, 3 de abril de 2011

Tenho um nódulo na mama! E agora?

O Grupo Andanças em parceria com o Jorinal Diário de Sorocaba, publica semanalmente informativos sobre a Prevenção e Conscientização do Câncer de Mama tendo em vista cumprir uma proposta sócio educativa junto a comunidade sorocaba.
Confira o artigo dra Alice Francisco, colaboradora técnica do Grupo Andanças.


Tenho um nódulo na mama – e agora?
O nódulo de mama corresponde ao crescimento de um tecido que se desenvolve dentro da mama. Pode ser bem definido, ou ser simplesmente uma área da mama mais proeminente ou diferente do tecido mamário em volta ou da outra mama. Na grande maioria dos casos, ter um nódulo de mama não significa ter um câncer de mama. A maioria é benigna.
Os nódulos na mama podem ser cistos, nódulos sólidos benignos (o mais comum chama-se fibroadenoma), e menos freqüente, o câncer de mama.
Os cistos mamários são semelhantes a bexigas d´água dispersas pela mama. Pode haver um cisto ou vários, o que não implica em gravidade da doença, nem no risco de desenvolvimento de um câncer na mama. São comuns em mulheres em torno dos 40 anos, e tendem a desaparecer após a menopausa, ao menos que a mulher esteja fazendo reposição hormonal. Os cistos geralmente não requerem tratamento, somente acompanhamento médico regular.
Dos nódulos sólidos benignos, o mais comum é o chamado fibroadenoma. Ocorre geralmente em mulheres jovens, entre 20 e 30 anos, e aparece como uma tumoração móvel, geralmente indolor, podendo aumentar durante a gravidez e a amamentação. O tratamento inclui acompanhamento médico rigoroso, e em casos selecionados, a retirada do mesmo. Geralmente, estes nódulos não aumentam o risco de câncer de mama, especialmente se não houver história familiar da doença.
A realização do auto-exame mensalmente pode ajudar a notar estas alterações e chamar a atenção da mulher para procurar auxílio médico. O autoconhecimento das mamas permite que as mulheres possam se familiarizar com a forma dos seus seios, e detectar mais facilmente quaisquer mudanças que possam ocorrer. Muitas mulheres têm naturalmente alguns nódulos e assimetrias (diferenças entre as duas mamas), mas o auto-exame permite encontrar alterações que persistem ao longo do tempo, e que não desaparecem após o ciclo menstrual. Alguns sinais podem sugerir uma maior probabilidade do nódulo ser maligno. Geralmente, o diagnóstico será estabelecido com mais certeza e precisão após a avaliação médica da paciente e de seu histórico familiar, e a realização dos exames que forem pertinentes para o caso.
A mensagem mais importante de hoje é a seguinte: TODOS os nódulos de mama persistentes devem ter avaliação de um médico. Praticar o auto-exame mensalmente, conhecer suas mamas, ajuda as mulheres a detectar mais facilmente estas alterações.
Dra. Alice Rodrigues Francisco
Médica Mastologista
Colaboradora Técnica do Grupo Andanças



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